Dando seqüência as bandas nacionais, quero falar de uma das bandas que mais me surpreenderam nos anos 00, o Gram. Banda paulistana formada em 2002.
O início da vida musical dos rapazes surgiu com uma banda que fazia cover dos Beatles, chegando inclusive a tocar no consagrado Cavern Club em Liverpool.
Sempre muito questionados sobre trabalhos próprios decidiram iniciar um projeto chamado Mosva com letras cantadas em inglês. Com um segundo convite para tocar em Liverpool, tentam lançar o Mosva no velho mundo, mas não deu certo, decidiram que cantar em português era o ideal e empenharam suas forças aqui no Brasil. Até então a banda era formada por Sergio Filho (Guitarra e voz), Marcelo Pagoto (baixo) e Luiz Ribalta (guitarra), mais tarde conhecem Marco Loschiavo (guitarrista) que passa a fazer parte da banda e Fernando Falvo (baterista) o último a ser integrado a formação final. Nasce então o GRAM.
A respeito do nome “GRAM”, segundo os próprios integrantes, não tem tradução nem significado, é apenas sonoridade. Conta M.Ribalta que ouviu uma conversa paralela em uma balada onde o nome “gram” era citado como referência a uma pessoa, gostou da sonoridade e levou a sugestão para o resto da banda, todos gostaram e assim ficou.
O GRAM é uma banda com influências interessantes como: Oasis, Radiohead, Coldplay, Beatles e tudo que há de bom no Rock Inglês. O GRAM supriu, infelizmente por pouco tempo, nossa carência por Rock de qualidade. E posso arriscar a falar com um pouco de propriedade sobre a qualidade da banda ao vivo, pois acompanhei inúmeros shows deles, e quem não conhece, vale a pena conhecer, ouvir com atenção e sentir com emoção os rifes melancólicos e as letras inteligentes. Sem dúvida um retrato poético do cotidiano orquestrado de forma agradável e nem um pouco piegas.
Em julho de 2007 o GRAM anuncia o fim do projeto.
Discografia: 2004: Gram, 2005 DVD MTV Apresenta – GRAM e 2006 – Seu minuto, Meu segundo, edição especial com DVD.
Vou deixar um clássico que fez o GRAM botar a cabeça pra fora do Underground “Você pode ir na janela” do primeiro disco, o famoso “Clipe do gatinho” e vou deixar uma do último disco, em que uma história linda é contada com apenas duas estrofes e um questionamento a nós é feito de forma incisiva, “O Rei do Sol”.
Até a próxima.
Aleandro St.
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