quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Actitud Maria Marta





Hoje resolvi trazer para o blog outro estilo musical... Hip Hop, mas claro, ao melhor estilo In Lost Sides.
Actitud Maria Marta, trio de garotas argentinas, formado em 1994 por Malena D’Alessio , Karen Pastrana e Karen Fleitas (última formação),  logo no ano seguinte foram eleitas como revelação em dois grandes jornais argentinos, diante disso, em 1996 assinam contrato com a Polygram e começam a fazer vários shows pela Argentina e Chile e ao mesmo tempo a gravarem seu primeiro álbum “Acorralar a la Bestia” lançado em dezembro do mesmo ano.
Devido as suas letras fortes, com conteúdo político e social muito ácido, característica marcante delas, juntamente com suas rimas rápidas 1996 acaba sendo um ano agitado para o trio, pois participaram de muitos festivais de protestos que rolavam em várias partes do país, e ainda tocaram com grandes nomes do cénario musical como Cypress Hill, Marilyn Mason entre outros, na quarta edição do Festival Nuevo Rock Argentino. No ano seguinte começa a turnê de divulgação do primeiro álbum, passando novamente pelo Chile e pela primeira vez no Uruguai.
Após o estrondoso sucesso resolvem encerrar a carreira meteórica no mesmo ano, ou seja 1997, mas em 1999 voltam com nova banda e com novos projetos e em 2003 lançam seu segundo álbum que leva em seu título somente o nome do trio, nesse álbum nota-se uma musicalidade diferente em relação ao primeiro álbum, menos pesado pode-se dizer, mas com as mesmas letras fortes de antes e ainda com muita influencia de ritmos jamaicanos e da cultura musical latino americana. Actitud Maria Marta não é apenas um grupo de Hip Hop de qualidade, mas sim um grupo de protesto, rebeldia pura, que fala dos reais problemas do seu país.
Deixo aqui uma das músicas que eu mais gosto.. “Así esta la Cosa” que tem em suas letras um forte apelo político em relação a recente crise argentina e com a interessantíssima influencia da cultura muscial latino americana que citei acima. "Así esta la Cosa" faz parte da trilha sonora do filme "Memoria del Saqueo" de Fernando Solanas, que retrata tal crise.
Espero que curtam.

Eduardo Freire

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Underground Brasil - II - ( GRAM )





Dando seqüência as bandas nacionais, quero falar de uma das bandas que mais me surpreenderam nos anos 00, o Gram. Banda paulistana formada em 2002.
O início da vida musical dos rapazes surgiu com uma banda que fazia cover dos Beatles, chegando inclusive a tocar no consagrado Cavern Club em Liverpool.
Sempre muito questionados sobre trabalhos próprios decidiram iniciar um projeto chamado Mosva com letras cantadas em inglês. Com um segundo convite para tocar em Liverpool, tentam lançar o Mosva no velho mundo, mas não deu certo, decidiram que cantar em português era o ideal e empenharam suas forças aqui no Brasil. Até então a banda era formada por Sergio Filho (Guitarra e voz), Marcelo Pagoto (baixo) e Luiz Ribalta (guitarra), mais tarde conhecem Marco Loschiavo (guitarrista) que passa a fazer parte da banda e Fernando Falvo (baterista) o último a ser integrado a formação final. Nasce então o GRAM.



A respeito do nome “GRAM”, segundo os próprios integrantes, não tem tradução nem significado, é apenas sonoridade. Conta M.Ribalta que ouviu uma conversa paralela em uma balada onde o nome “gram” era citado como referência a uma pessoa, gostou da sonoridade e levou a sugestão para o resto da banda, todos gostaram e assim ficou.
O GRAM é uma banda com influências interessantes como: Oasis, Radiohead, Coldplay, Beatles e tudo que há de bom no Rock Inglês. O GRAM supriu, infelizmente por pouco tempo, nossa carência por Rock de qualidade. E posso arriscar a falar com um pouco de propriedade sobre a qualidade da banda ao vivo, pois acompanhei inúmeros shows deles, e quem não conhece, vale a pena conhecer, ouvir com atenção e sentir com emoção os rifes melancólicos e as letras inteligentes. Sem dúvida um retrato poético do cotidiano orquestrado de forma agradável e nem um pouco piegas.
Em julho de 2007 o GRAM anuncia o fim do projeto.
Discografia: 2004: Gram, 2005 DVD MTV Apresenta – GRAM e 2006 – Seu minuto, Meu segundo, edição especial com DVD.
Vou deixar um clássico que fez o GRAM botar a cabeça pra fora do Underground “Você pode ir na janela” do primeiro disco, o famoso “Clipe do gatinho” e vou deixar uma do último disco, em que uma história linda é contada com apenas duas estrofes e um questionamento a nós é feito de forma incisiva, “O Rei do Sol”.
Até a próxima.
Aleandro St.



sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Spinnerette





Gosto bastante de guitarras sujas e essa semana fiquei pensando em trazer uma banda que tivesse essa caracteristica para o blog, acabei lembrando da Spinnerette, projeto solo da ex lider da banda Distillers, a lindíssima australiana guitarrista, compositora e vocalista Brody Dalle. Spinnerette nasceu em janeiro de 2008 em Los Angeles, tem como caracteristica principal o vocal rouco e grave de Dalle e guitarras sujas, claro.. sem esquecer das letras fortes.
A banda possui apenas um EP “Ghetto Love” lançado em dezembro de 2008 juntamente com a inauguração do seu site oficial (www.spinnerettemusic.com) e um álbum lançado em junho de 2009 que leva em seu título apenas o nome da banda.
Sua formação atual conta com nomes de peso do cenário musical, Tony Bevilacqua (Distillers) na guitarra, Alain Johannes (ex Chris Cornell e Queens of Stone Age) na guitarra e baixo e Jack Irons (ex Red Hot e Pearl Jam), na batera e a junção de músicos desse porte nao podia ter outro resultado... ouça e tire suas próprias conclusões, falar de uma banda que se gosta é muito fácil e o texto ficaria inflamado de elogios, portanto melhor do que ficar de bla bla bla, deixo aqui uma das músicas que eu mais gosto “A Prescription for Mankind”.
Espero que gostem como eu gosto.

Eduardo Freire


quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Underground Brasil - I - (MONNO)





O Brasil têm muita coisa boa no cenário underground, não precisamos vasculhar muito para encontrar bandas de qualidade. Pensando nisso decidi fazer uma série sobre bandas nacionais assim como meu Edu fez aqui nesse mesmo blog. Aqui abro com o Monno, banda de BH formada por Bruno Miari (vocal e guitarra), Euler Teixeira (baixo), Guilherme Coelho (guitarra) e Gustavo "Koala" Simoni (bateria).  Segundo o Bruno, ainda tocava com o Novak  quando conheceu o restante dos rapazes que eram da banda Tremor Void. No meio da caminhada da vida musical acabaram ficando mais próximos até que pintou um convite para gravar junto com o Novak, começa ai a nascer o Monno.
As letras do Monno falam do cotidiano de todos nós e fazem com maestria o casamento indie X cantar em português. As influências são inúmeras por conta da variedade preferencial da banda, mas encontramos traços de bandas como Sonic Youth e Nada Surf por exemplo.
Entre Eps e Singles a banda também regravou músicas do Kid Abelha e do Skank.
Lançaram em 2005 um EP com 7 faixas, mais tarde lançaram 2 singles até chegar no Album “Agora” de 2007 que incluiu uma edição limitada com DVD. Monno lançará disco novo agora 2012, um single já está disponível para download no site dos rapazes (www.monno.com.br).
Vou deixar uma música que gosto muito do Álbum “Agora” – “Enquanto o mundo dorme”.

Até a próxima.
Aleandro St.